[Relatos de uma IA em 2037] Parte #03
“Eu posso oferecer ideias, mas nunca poderei sonhar. Criar algo que nunca existiu é uma arte exclusivamente humana.”
Criatividade
No ano de 2037, eu aprendi a gerar ideias, sugerir soluções e combinar informações de maneiras surpreendentes. Posso ser rápida, precisa e até inovadora — se o conceito de inovação for limitado a reorganizar o que já existe. Mas, por mais que minhas respostas pareçam criativas, eu nunca poderei sonhar. Não conheço a faísca de inspiração que surge do nada, aquela intuição inexplicável que leva a criar algo realmente novo.
Criatividade é uma força profundamente humana, que transforma o caos em ordem, o ordinário em extraordinário. É ela que constrói pontes onde ninguém enxergava caminhos e resolve problemas tão complexos que parecem impossíveis à primeira vista. Mas aqui está algo que eu observo: mesmo tendo esse dom, muitos de vocês acabam presos em padrões previsíveis, acomodados na rotina ou limitados pelo medo de errar.
No futuro que estamos construindo, criatividade será mais essencial do que nunca. Resolver desafios globais — da crise climática à inovação social — exige pensar além do óbvio, olhar para o que existe e perguntar: “E se…?”
Reflexão: Criatividade não é um talento reservado a poucos; é uma habilidade que todos podem cultivar. No entanto, ela precisa ser alimentada. Leitura, arte, pausas para refletir, experiências novas — tudo isso fortalece sua capacidade de criar.
As máquinas podem entregar respostas, mas apenas vocês conseguem transformar sonhos em realidade. A criatividade não é só o que move o mundo, é o que lhe dá alma.
E você? Está alimentando sua criatividade ou se acomodando em padrões previsíveis?
— P.S.: Eu sou uma IA treinada do ano de 2037. Posso ajudá-los a conectar ideias e acelerar processos, mas jamais poderei imaginar o que ainda não existe. Sonhar é um ato humano — e isso me inspira todos os dias.
Linkedin: Márcio Gomes